E.M.E.F.
JOÃO PALMA DA SILVA
Hora Da
leitura
Professora: Márcia Regina Pinzon Alves
O PEQUENO ESPANTALHO
Num dia de primavera, um
fazendeiro fez um pequeno espantalho de palha e corda, com um casaco velho e um
chapéu.
Ele colocou o espantalho no
meio de sua plantação de milho.
Logo, um bravo coelhinho
correu até o espantalho.
- Oi. Você parece tão
rabugento! Por que não sorri?- Ele perguntou.
- Eu estou ocupado, não tenho
tempo para falar com animais – respondeu o espantalho bruscamente, pois queria
fazer corretamente o seu novo trabalho.
O coelhinho afastou-se e
contou aos outros animais o que o pequeno espantalho ocupado tinha dito. Então
decidiram ficar longe dele.
A primavera terminou e chegou
o verão.
Durante todo o tempo o pequeno
espantalho ficou parado no meio da plantação. Porém os animais que viviam na
fazenda mantiveram-se longe dele.
O pequeno espantalho começou a
se sentir solitário. Desejava falar com alguém, e arrependeu-se por ter sido
tão rude com o coelhinho.
Então, naquele dia, caiu um
temporal daqueles, com trovões e relâmpagos assustadores.
Os animais assustados corriam
para encontrar abrigo – todos, exceto um ratinho do campo, que estava apavorado
demais e não conseguia sequer sair do lugar.
- Socorro! – Gritou, assustado
e tremendo de frio.
- Entre no meu bolso – Gritou
o pequeno espantalho. – Eu cuidarei de você.
Assim, o ratinho pulou para
dentro do bolso do espantalho e ficou protegido da tempestade.
Quando a tempestade terminou,
o ratinho do campo correu para casa e contou a todos os seus irmãos e irmãs o
que havia acontecido.
Eles correram para agradecer
ao espantalho por sua bondade.
O pequeno espantalho
encantou-se, porque agora ele tinha alguém com quem conversar.
- Vocês querem brincar no meu
chapéu?- Perguntou timidamente o espantalho.
Assim, os ratinhos subiram até
o seu chapéu e brincaram nele o dia inteiro.
Logo, o pequeno espantalho
começou a fazer mais e mais amigos. Ele deixava os coelhos dormirem em seus
bolsos e as borboletas tomarem banho de sol em seu nariz.
Também deixava os pássaros
usarem sua palha para fazerem os seus ninhos.
Por fim, o fazendeiro veio
colher seu milho.
- Você parece bem cansado –
disse ele para o pequeno espantalho. – Acho que terei de substituí-lo no ano
que vem.
O pequeno espantalho ficou
muito triste, mas era verdade o que o fazendeiro dissera.
O vento do outono levava a
palha de seus braços, sua roupa estava em farrapos.
E, para piorar, seus amigos
tinham que deixá-lo.
- Nós temos que entrar em
nossas tocas quentes. – Disseram os ratos e os coelhos.
- Mas voltaremos a nos
encontrar na primavera, espantalho.
O pequeno espantalho ficou
sozinho durante todo o inverno. O vento gelado soprou seu chapéu.
Então, a neve acumulou-se sobre
ele, que ficou parecendo mais um homem de neve do que um espantalho.
Do seu aconchegante celeiro,
as vacas e os carneiros olhavam-no e ficaram preocupados com ele. Os ratos e os
coelhos sentados em suas tocas quentes também estavam preocupados.
Quando a primavera chegou, os animais apressaram-se para rever seu
velho amigo.
Os ratos trouxeram-lhe palha nova e emendaram seus braços.
Os coelhos trouxeram-lhe flores para colocar nas casas de botão de
seu casaco velho.
As vacas e os carneiros trouxeram-lhe um chapéu novo que o
fazendeiro tinha deixado no celeiro. E os pássaros decoraram o chapéu com
penas.
Quando o fazendeiro viu seu espantalho velho, ficou surpreso.
- Você parece novinho em folha – disse o fazendeiro.
- Exatamente como no dia em que o fiz! Você certamente durará mais
um ano.
- Vou deixar o meu chapéu com você! Mas eu não lembrava que você
tinha um sorriso tão grande.
Quando começou a sorrir?




Estou testando os comentários.
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