segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Hora da leitura: " O Pequeno espantalho"





                                                    E.M.E.F. JOÃO PALMA DA SILVA                               
Hora Da leitura
Professora: Márcia Regina Pinzon Alves

O PEQUENO ESPANTALHO
Num dia de primavera, um fazendeiro fez um pequeno espantalho de palha e corda, com um casaco velho e um chapéu.
Ele colocou o espantalho no meio de sua plantação de milho.
Logo, um bravo coelhinho correu até o espantalho.
- Oi. Você parece tão rabugento! Por que não sorri?- Ele perguntou.
- Eu estou ocupado, não tenho tempo para falar com animais – respondeu o espantalho bruscamente, pois queria fazer corretamente o seu novo trabalho.
O coelhinho afastou-se e contou aos outros animais o que o pequeno espantalho ocupado tinha dito. Então decidiram ficar longe dele.
A primavera terminou e chegou o verão.
Durante todo o tempo o pequeno espantalho ficou parado no meio da plantação. Porém os animais que viviam na fazenda mantiveram-se longe dele.
O pequeno espantalho começou a se sentir solitário. Desejava falar com alguém, e arrependeu-se por ter sido tão rude com o coelhinho.
Então, naquele dia, caiu um temporal daqueles, com trovões e relâmpagos assustadores.
Os animais assustados corriam para encontrar abrigo – todos, exceto um ratinho do campo, que estava apavorado demais e não conseguia sequer sair do lugar.
- Socorro! – Gritou, assustado e tremendo de frio.
- Entre no meu bolso – Gritou o pequeno espantalho. – Eu cuidarei de você.
Assim, o ratinho pulou para dentro do bolso do espantalho e ficou protegido da tempestade.
Quando a tempestade terminou, o ratinho do campo correu para casa e contou a todos os seus irmãos e irmãs o que havia acontecido.
Eles correram para agradecer ao espantalho por sua bondade.
O pequeno espantalho encantou-se, porque agora ele tinha alguém com quem conversar.
- Vocês querem brincar no meu chapéu?- Perguntou timidamente o espantalho.
Assim, os ratinhos subiram até o seu chapéu e brincaram nele o dia inteiro.
Logo, o pequeno espantalho começou a fazer mais e mais amigos. Ele deixava os coelhos dormirem em seus bolsos e as borboletas tomarem banho de sol em seu nariz.
Também deixava os pássaros usarem sua palha para fazerem os seus ninhos.
Por fim, o fazendeiro veio colher seu milho.
- Você parece bem cansado – disse ele para o pequeno espantalho. – Acho que terei de substituí-lo no ano que vem.
O pequeno espantalho ficou muito triste, mas era verdade o que o fazendeiro dissera.
O vento do outono levava a palha de seus braços, sua roupa estava em farrapos.
E, para piorar, seus amigos tinham que deixá-lo.
- Nós temos que entrar em nossas tocas quentes. – Disseram os ratos e os coelhos.
- Mas voltaremos a nos encontrar na primavera, espantalho.
O pequeno espantalho ficou sozinho durante todo o inverno. O vento gelado soprou seu chapéu.
Então, a neve acumulou-se sobre ele, que ficou parecendo mais um homem de neve do que um espantalho.
Do seu aconchegante celeiro, as vacas e os carneiros olhavam-no e ficaram preocupados com ele. Os ratos e os coelhos sentados em suas tocas quentes também estavam preocupados.
Quando a primavera chegou, os animais apressaram-se para rever seu velho amigo.
Os ratos trouxeram-lhe palha nova e emendaram seus braços.
Os coelhos trouxeram-lhe flores para colocar nas casas de botão de seu casaco velho.
As vacas e os carneiros trouxeram-lhe um chapéu novo que o fazendeiro tinha deixado no celeiro. E os pássaros decoraram o chapéu com penas.
Quando o fazendeiro viu seu espantalho velho, ficou surpreso.
- Você parece novinho em folha – disse o fazendeiro.
- Exatamente como no dia em que o fiz! Você certamente durará mais um ano.
- Vou deixar o meu chapéu com você! Mas eu não lembrava que você tinha um sorriso tão grande.
Quando começou a sorrir?

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